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Coisas luminosas nº 9

Coisas luminosas nº 9

R$ 750,00Preço

Série No vão escuro das Coisas Luminosas 2018

(as dimensões de impressão podem ser reduzidas em tamanhos proporcionais)

 

Coisas luminosas nº 9

série No vão escuro das coisas luminosas

2018

Fotografia, colagem digital, impressão de pigmento mineral sobre papel algodão

90 x 60 cm

Edição 02 / 10

 

SOBRE O ARTISTA 

Biografia Resumida

Nascido em 1962 em Tejupá (SP), Rogério Negrão atua desde 1989 em Joinville (SC) como designer de produtos na Aeroplano Design. A vivência internacional e a experiência de mais de 20 anos de projetos na Whirlpool Eletrodomésticos marcam a unidade conceitual e o rigor construtivo de sua poética. Desde 2006 produz videoarte, fotografia, instalações sonoras, videoinstalações, colagens digitais e objetos interativos, participando de 21 mostras coletivas e cinco exposições individuais, tendo a obra “Trilha” (2015) integrada ao acervo do Museu de Arte de Joinville.

A influência da cidade industrial é nítida ao aproximar arte, ciência e tecnologia, estabelecendo as primeiras experimentações em torno do objeto onde os vídeos “Mecânica Celeste” e “Partir” se sobressaem contrapondo a inofensividade da imagem à agressividade do som de máquinas em operação. Nestas obras, assim como nos trabalhos anteriores “Odisseia”, “Acaso” e “Bike”, deixa claro o seu interesse pela manipulação dos componentes ao revelar na precariedade da estrutura física da máquina o contraste vigoroso dos elementos intangíveis: o som, a narrativa, a linguagem poética, a grandeza oculta onde o brinquedo banal emula o cosmos, a pipa rudimentar é conduzida pela eloquência do discurso, a viagem monótona se converte na brutalidade da separação.

Em outro momento representativo de sua pesquisa, apresenta a exposição individual Agoras, onde o conceito de tempo orienta a construção de um sistema interligado de câmeras e projetores, movimentando um organismo de existência instantânea e fugaz. Com exceção de um vídeo pré-produzido, todo o sistema mecânico da instalação gera imagens momentâneas projetadas no espaço expositivo, agoras cíclicos de aparência repetitiva que não deixam resquícios da sua existência a não ser na memória do público visitante.

Na recente exposição Máquinas do Abismo, o artista propõe uma imersão nas representações pictóricas através de pesquisa feita em arquivos públicos de patentes de invenção dos séculos XIX e XX. Retirados de seu contexto de propriedade intelectual, esses projetos passam a compor colagens digitais misturados a outros desenhos descritivos na intenção de insinuar a construção de novas máquinas com funções sensoriais. A ausência do sentido de utilidade dá lugar à inquietação necessária para estimular o observador a fazer parte na construção inacabada. Os objetos materializados mantêm o necessário distanciamento da funcionalidade estanque, sendo máquinas sugestivas de funcionamento mais sinestésico do que prático.

Como designer, Negrão aprendeu a fazer máquinas. Como artista, aprendeu que somos máquinas de pensamento. A mente que pensa e concebe o mundo repete incessantemente um modelo de construção de significados sem se dar conta deste mecanismo. O que interessa à pesquisa artística é o processo que leva à concepção da máquina, o estímulo e a manifestação do pensamento criador.

 

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