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ABISSAL TECHNICOLOR

Um mergulho na paleta policromática de 

ABERTURA: 18/02 20h
VISITAÇÃO: até 30/04

Abissais 

Fotografo e artista visual consagrado, Alceu sempre teve tendências aos pincéis, porém a vida sempre o encaminhava novamente a seu instrumento mais usual "a câmera". Durante o período de isolamento social imposto pela pandemia, o artista voltou sua atenção à pintura e o resultado desta imersão, será visto aqui em conteúdo inédito.

A exposição será composta por telas em formatos variados e desenhos da coleção de pintura "Cromografia,2020", “O quebra nozes,2020” e das séries atuais como a coleção Abissal, as obras serão em técnica mista, sobre tela ou sobre papel, oil stick, tinta acrílica e óleo.

Alceu Bett já havia estabelecido sua reputação de artista inovador quando decide se aprofundar no universo da pintura em 2019.O mergulho de Alceu nas tintas, pigmentos, alquídicos e afins pois o uso de cores e materiais diversos levam ao equilíbrio perfeito, que encantam e convidam o espectador a uma aceitação divertida do irreal, de cunho vigorosamente expressivo, em telas de grandes dimensões, essas pinturas marcam um novo momento na pintura de Alceu Bett. 

DATA: 19/02 à 30/04/2022

LOCAL:  Galeria 33 Arthouse

Endereço: Rua Bento Gonçalves, 33 Glória Joinville/SC 89216-110

Visitação mediante agendamento contato@galeria33.com ou whats 47 99277-2016

ENTRADA GRATUITA

OBRAS À VENDA: Entregues no encerramento da exposição

Abissal Technicolor é uma coleção de pinturas que narram uma história de vida, neste caso a do multiartista Alceu Bett que desde 2019 imergiu profundamente no universo pictórico. Utilizando rolos, pincéis e outros acessórios em técnica mista, acrílica ou óleo sobre tela, papéis ou até em outros tecidos, expressa suas memórias e emoções narrando em quadros suas vivências mais significativas.

No desenvolvimento das obras, recorre a adesivos, desenvolve as próprias tintas, escolhe minuciosamente o suporte, o pigmento e explora a tela em todas as direções e a cobre de camadas de pinceladas minuciosamente coreografadas pela já elaborada sensibilidade estética do pintor, que transcreve de maneira abstrata, o equilíbrio entre movimento e cor.

E é nesta interessante cromografia que nossa visão recebe uma lufada de movimento (aquele que só acontece quando abrimos bem os olhos e capturamos o mínimo detalhe) e nos surpreendemos com a beleza das sutilezas e dos detalhes profundos revelados nas camadas sobrepostas, veladuras por vezes translúcidas, criando camadas de fendas que se ampliam ou reduzem.

Abissais são as grandes profundidades submarinas, abordadas aqui como o espaço onde se revelam os mergulhos cromáticos e imagéticos do artista, e explorando este caminho de fendas e camadas da pintura e da sua história, o artista revela um alfabeto próprio, uma assinatura clara de sua produção pictórica e identidade artística já presente em toda a sua trajetória.

A execução começa quase despretensiosa, a aproximação é feita com o preparo da tela e a produção pode se alongar por horas ou dias até que as histórias começam a “se mostrar” e aí então o artista avança vigoroso sobre a tela e inicia a sua dança com rolos, adesivos, pincéis, espátulas, quase sempre embalados por jazz ou Fito Paez, homenageado no título desta exposição, Technicolor que evoca tanto a técnica utilizada para coloração de filmes quanto a música de maior sucesso do cantor argentino, revela também a essência da exposição, a COR.

Alceu está em constante manejo de seus interesses é um ser inquieto, curioso e bem-informado, trafega em vários setores e em diferentes atividades, porém é na pintura que encontrou sua forma mais genuína de expressão. É uma oportunidade observá-lo pintando ou até mesmo preparando as tintas em sua cozinha alquimista mágica, ele também tem um pouco de cientista e com muito feeling e pesquisa (além de acesso a bons amigos profissionais da área) teve acesso a excelentes pigmentos e bases alquídicas, que derivarem-se em tintas e bastões oil stick utilizados em sua produção de telas e desenhos apresentados nesta exposição.

Esta exposição exibe um apanhado de sua produção nos últimos anos e exalta seu caminhar e descobertas através dos estudos e desenhos, das séries (Cromografia, apresentada em 2021 na Villa Francioni) e Abissal, além de produções recém-saídas de seu ateliê em 2022 como as últimas obras do percurso expositivo que nos dão uma pista de qual será o próximo mergulho de Alceu.

Katiana Machado, Curadora

    A abstração nas artes ainda causa dúvidas – pasmem – naqueles que entendem o motivo visual apenas como realidade absoluta da figuração. A interrogação ao que não é visível supera, muitas vezes, o verdadeiro questionamento que a criação artística nos propõe.

    Costumo afirmar que o primeiro passo para dirimir as distâncias entre o artista e o público é o total desnudamento dos preconceitos. De ambas as partes, atentem-se. Assim não há por que mensurar excessivas filigranas às perguntas:

    - Qual o discurso pictórico do artista Alceu Bett?

    - O que nos diz a fatura de sua obra, toda produzida no assombroso ano de 2020?

    É nas entrelinhas que vamos encontrar as respostas.

    Alceu Bett é um fotógrafo de consolidada carreira profissional que inicia experiências no ofício da pintura. [...] O artista, consciente do seu domínio, reelabora a luminosidade, a espacialidade, o cromatismo e a essência em suas novas criações. [...], pois seu alfabeto ideográfico é um caleidoscópio de memórias. Está ali em suas telas, cobertas por tintas alquídicas, a busca da reorganização dos fatos, das fantasias e sonhos: o som alegre das famílias de origem italiana em volta da mesa, o gesto do avô construindo instrumentos musicais, o paladar dos frutos maduros nos quintais de sua infância em cidades do interior, a velocidade e a cor das grandes metrópoles....

    Sua arte supõe-se rasgos de improviso, mas também de reflexão e meditação, resultando um abstracionismo lírico de franca visualidade contemporânea. Alceu Bett é um artista cuja inquietação de sua personalidade vem para provocar, desenvolvendo a linguagem do inconsciente cuja gestualidade liberta seu interior.

     

    Edson Busch Machado, 2021 - sobre a coleção Cromografia que compõem esta mostra 

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