Episódio 4 — Retratos e Pertencimento: A Arte de Se Reconhecer
- Admin

- 24 de set.
- 2 min de leitura
✦ Quando a cidade se vê na parede da galeria e ouve sua voz no batuque do samba
O que acontece quando você se vê representado em uma obra de arte? Quando seu rosto, sua história ou seu jeito de existir aparecem numa pintura, numa música ou num documentário?
Em Joinville, os projetos Respirarte, Joinville+CULT e a websérie Notáveis do Samba ajudaram a responder essas perguntas de forma sensível e coletiva: pertencimento é se reconhecer — e também se reinventar — na arte.

🖼️ Acrônicos: Retratos de Ontem, Rostos de Hoje
A exposição Acrônico trouxe uma abordagem poderosa sobre o retrato na arte: não apenas como representação da aparência, mas como expressão de memória, identidade, tempo e emoção.
Artistas como Décio Soncini, Schwanke, Ricardo Kolb e Astrid Lindroth trouxeram rostos reais e imaginados, antigos e contemporâneos, criando uma constelação visual que espelha a diversidade de Joinville.
“O retrato é um lugar onde o real e o imaginário se encontram — e onde o olhar do outro constrói sentidos novos”, diz Katiana Machado, curadora da mostra.

🎤 Notáveis do Samba: o pertencimento em voz alta
A websérie Notáveis do Samba ampliou essa experiência, agora com som, ritmo e corpo. Em cada episódio, personagens da cultura popular da cidade — cantores, ritmistas, compositores, costureiras, destaques — compartilham suas histórias.
São retratos vivos, emocionais e reais. Pessoas que fazem o carnaval acontecer e que, por muito tempo, foram invisibilizadas na história oficial da arte. Com isso, o samba passa a ser também linguagem artística e política, ocupando seu espaço nas narrativas da cidade.
“A gente quer mostrar que o samba é arte. Que quem está no barracão, na avenida, também faz cultura com C maiúsculo.” — depoimento de Fatica, personagem da série.

🎨 Retratar é um gesto político
Ao reunir retratos visuais e sonoros, o projeto fortalece a ideia de que arte não é privilégio — é espelho. E quando os espelhos estão nos lugares certos, as pessoas se reconhecem, se emocionam e passam a ocupar novos espaços com mais coragem.
Nos rostos bordados por Almira Reuter, nos autorretratos cubistas de Marc Engler, ou nas vozes potentes dos notáveis do samba, surge um mosaico que diz: “essa cidade também é minha”.

✨ Em breve: Episódio 5 — Carnaval e Arte Contemporânea: Um Diálogo Possível?




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