✨ Episódio 5 — Carnaval e Arte Contemporânea: Um Diálogo Possível?
- Admin

- 24 de set.
- 2 min de leitura
✦ O corpo em festa, a cidade em transe e a galeria aberta às expressões populares
Se o Carnaval é o maior espetáculo da terra, por que ele não está nas galerias de arte? Em Joinville, a resposta veio em forma de exposição, roda de conversa, música e filme: sim, o Carnaval é arte. E mais do que isso, é resistência, ancestralidade e criação contemporânea em movimento.
A exposição Abre Alas — parte do projeto Respirarte — e a websérie Notáveis do Samba mostraram que a avenida e o ateliê podem ocupar o mesmo espaço simbólico. E que o samba pode (e deve) estar ao lado das linguagens eruditas, com a mesma dignidade e potência expressiva.

🧵 Abre Alas: costura, corpo e cultura
Com obras de artistas como Smekatz, Schwanke, Lucas David, Juarez Machado, Bruna Cestrem e coletivos carnavalescos como a GRES Diversidade e os Príncipes do Samba, a exposição Abre Alas foi construída em dois eixos:
História e Memória do Carnaval em Joinville
Arte Contemporânea e Performance, onde o corpo carnavalesco se manifesta como ato criativo.
A mostra reuniu fantasias, esculturas, pinturas, vídeos e projeções, criando um ambiente imersivo que transportava o visitante da sala expositiva para o universo da avenida.

🌸 A galeria se transforma: som, imagem, cheiro e festa
A instalação de Abre Alas contou com elementos que expandiram os sentidos do público:
Projeções mapeadas com imagens do Carnaval
Trilha sonora original, com ritmos do samba e do axé
Cheiros ativados por sensores, evocando o calor da festa
TVs com depoimentos e documentários, incluindo trechos da websérie
Fones de ouvido sem fio, para garantir concentração e acessibilidade
A proposta foi criar um espaço onde arte, festa e política se entrelaçam. Onde o visitante não apenas observa, mas participa com o corpo e os sentidos.

🎤 Notáveis do Samba: o desfile continua na tela
A websérie Notáveis do Samba acompanhou personagens fundamentais do Carnaval joinvilense — mestres de bateria, destaques, compositores, figurinistas e apaixonados anônimos — em depoimentos íntimos, poéticos e potentes.
Cada fala é um manifesto pela valorização da cultura popular. E cada rosto, uma obra de arte viva.
“O desfile passa, mas o amor pelo samba fica na gente pra sempre.” — diz Mestre Henrique, um dos protagonistas da série.

🎨 A arte que samba, a arte que pensa
No encontro entre arte contemporânea e Carnaval, o que se vê é uma nova camada de compreensão da cultura brasileira. O corpo que dança também é o corpo que resiste. A fantasia também é crítica. E a batida do tambor é, sim, um gesto artístico.

✨ Último episódio da série:
Episódio 6 — Experiências Artísticas Imersivas: Sentir a Arte com Todos os Sentidos




Comentários